As duas margens do rio

Pesquisando rapidamente para buscar inspiração para este texto, me pego lendo sobre a história do Uruguai. Nosso vizinho é conhecido oficialmente como República Oriental do Uruguai em português. Oriental, no caso, é porque o país fica à margem leste do rio Uruguai, ou seja, ocupa a banda oriental do rio Uruguai. Não sei se o termo “La Banda” pode ter vindo daí, mas é provável que seja o sentido mais óbvio pra nós: um grupo de pessoas.

Falemos, então, de alguns jogadores do Cruzeiro que vêm dos países que ficam dos dois lados do rio Uruguai.

Uruguai

Arrascaeta, como todos sabem, é uruguaio. Mas no Cruzeiro, não joga na margem oriental e sim na ocidental (considerando que o “norte” é o gol oposto — o objetivo). Nosso 10 parte do lado esquerdo do ataque para se associar com os companheiros e criar situações.

Porém, Arrascaeta está sempre “atravessando o rio”. Ele não fica preso do lado como um ponta típico, pisando na linha lateral e esperando por vários minutos a bola chegar pra tentar o drible no mano a mano. Ele flutua por dentro, vai no corredor central, e até atravessa o campo, vai se encontrar com Robinho lá do outro lado. Esse é o jogo dele, é como ele rende mais, como estamos vendo nesses dois jogos dele pós-Copa do Mundo. Moleque está voando, não só pelos gols, mas porque tem participação direta em vários lances perigosos.

Dois momentos contra o América em que Arrascaeta “flutua”: sai da ponta esquerda pra participar do jogo, às vezes até atravessando o campo

Mas, como costumo dizer, futebol é cobertor curto. Toda escolha que o treinador faz — seja em termos de escalação ou de posicionamento — tem seus benefícios, mas também traz prejuízos. É muito difícil potencializar uma coisa sem ter que tirar de outro lugar, seja como for: quer ser mais ofensivo? Vai ter que correr mais riscos atrás. Quer marcar mais alto? Vai ter que deixar espaço nas costas da defesa. Quer se retrancar? Vai ter que deixar pouca gente na frente, tornando um contragolpe mais difícil. E por aí vai. O grande trabalho de um treinador é saber mediar isso, minimizar os defeitos e potencializar as virtudes. Compensações, posicionamento de outros jogadores, o que seja: montar um time é quase uma arte.

De forma que, essa movimentação de Arrascaeta, que inegavelmente vem tendo um excelente rendimento nessa função, traz um “problema” na marcação pelo lado esquerdo. Está entre aspas porque pode não ser um problema de fato, e sim um risco assumido. Só Mano pode responder isto, mas é o que parece: quando o uruguaio flutua e o Cruzeiro perde a bola, ele está fora de posição, e um dos volantes tem que compensar. No jogo de ontem, era Ariel Cabral, o volante do lado esquerdo, mas Henrique também o fez (pois eventualmente Ariel e Henrique se cruzavam no campo). Às vezes não dá tempo de compensar e o lateral adversário tem bastante campo pra ir. Egídio pode encaixar e abandonar a linha ou ficar pra não quebrá-la, de qualquer forma, vai haver espaço em algum lugar perigoso se o adversário for rápido o suficiente.

Com Arrascaeta flutuando, na perda de bola às vezes ele está fora de lugar, e outros jogadores tem que cobrir. Aqui, Henrique tenta, mas não chega a tempo de impedir o cruzamento

É uma escolha. Como quase tudo no futebol, há o bônus e o ônus. Uma das formas de não ter esse ônus com Arrascaeta por fora é colocá-lo oficialmente por dentro no 4-2-3-1, na função do Thiago Neves. Mas aí você tem que tirar o camisa 30 do time. Ou jogar sem um centroavante. E isso mostra, de novo, como cada escolha quase sempre traz um prejuízo junto. E vendo por esse prisma, chega a ser até surpreendente ver um treinador tão conhecido pelo pragmatismo como Mano arriscar o lado do campo assim. Bem, enquanto ele estiver se pagando, como está agora, me parece claro que vale o risco.

Argentina

Do outro lado do rio, está a Argentina. Dos argentinos que jogaram ontem, já falei sobre Cabral em um texto do início de 2016. Apesar de velho, aquele texto ainda tem muita coisa atual, portanto deixo pra escrever sobre o baixista da La Banda em outro momento. Quero falar aqui de duas novidades: Barcos e Mancuello. Mancuello novidade? Sim, explicarei logo mais.

O centroavante é a mais nova aquisição do Cruzeiro. Mas como pudemos ver no jogo de ontem, ele não é um centroavante clássico, que só conclui jogadas. Ele participa do jogo, cai pelos lados, recua pra ajudar na construção. Mas ainda assim consegue dar profundidade e atrair a atenção de zagueiros. Apesar de não ter finalizado em gol ontem, a simples presença do Pirata ali abre espaços para companheiros.

No primeiro gol, ele tem uma participação sutil. Neves desce pra base da jogada, Robinho percebe e flutua por dentro. Quando a bola chega nele, um zagueiro sai da última linha pra combater, mas ele já sabe que vai tocar pra Thiago atrás dele. Leva uma pouco de sorte, pois é o zagueiro que tenta tirar e a bola acaba chegando pro camisa 30. De qualquer forma, rapidamente Robinho se desmarca e entra no espaço gerado pela quebra da linha, com Barcos prendendo o outro zagueiro. Neves toca por cima num belo passe e Robinho perde, mas Arrascaeta chega por trás pra concluir no rebote.

A mesma coisa no gol da virada: a jogada é muito bem trabalhada pelo lado esquerdo, fazendo a linha defensiva do América balançar toda pro lado da bola: o lateral direito (Norberto) vai em Egídio, o zagueiro da direita (Messias) fecha em Arrascaeta, que está infiltrando, e o outro zagueiro (Matheus Ferraz) fica na sobra. Então o lateral esquerdo Giovanni fica com sua atenção presa em Barcos, “esquecendo” Robinho às suas costas. Depois da tabela entre Neves e Arrascaeta, Barcos para a corrida e fica na marca do pênalti sozinho. Se a bola viesse nele, certamente seria uma grande chance. Mas Arrascaeta coloca na segunda trave. Dá pra ver que Giovanni parece tranquilo enquanto a bola viaja, com a certeza que está sozinho, e até faz o movimento pra tocar pra escanteio, mas Robinho intercepta.

Três momentos do gol da virada: 1- marcação encaixada com a linha defensiva do América toda para o lado da bola; 2- Barcos prende a atenção de Giovanni, Moisés é vencido pela tabela Neves-Arrascaeta; 3- no momento do cruzamento, Barcos e Robinho estão livres

Então, não foi uma estreia brilhante, mas como afirmei no último texto: o sistema do Cruzeiro meio que pede um centroavante com mais presença ali. O 4-4-2 (ou 4-2-4-0, como costumo chamar, pra destacar a ausência de um centroavante) não tem tido muito sucesso em criar superioridades no último terço. Tendo alguém ali, o Cruzeiro consegue ter mais profundidade, mais jogo central (com pivô) e até ter alvos preferenciais na área para um jogo mais lateral.

Sobre Mancuello, claro que ele em si não é uma novidade, já está aí desde o início do ano. A novidade é a função que, aparentemente, Mano está criando pra ele: jogar por dentro, e não pelos lados como tentava antes. Os amistosos já eram um indício: no primeiro contra o Corinthians e no jogo-treino contra o Coimbra, Mancuello entrou ali, porém na ponta de cima de um losango. Talvez pra acomodar todos os jogadores reservas que entraram com ele. Já no segundo amistoso com o Corinthians, ele entrou de fato por dentro no sistema usual do Cruzeiro, que por vezes é um 4-4-2 e por vezes um 4-2-3-1.

Me parece que Mano está preparando Mancuello para ser uma espécie de reserva do Thiago Neves. Claro que não tem a mesma qualidade, ainda que Thiago Neves esteja recuperando sua forma técnica aos poucos, mas Mancuello nessa função é uma aposta interessante, até mesmo porque não dá pra ter a certeza de contar com o camisa 30 em todos os jogos, principalmente na questão física. E também, porque essa função no sistema do Cruzeiro é imprescindível, como pudemos ver no jogo contra o Paraná logo antes da parada pra Copa: os dois Lucas, por trás, não infiltravam; os dois abertos, Mancuello e Robinho, não flutuavam por dentro, e os dois da frente, Sobis e Raniel, não recuavam. No fim, ninguém circulando entre as linhas do adversário. Não gera jogo.

Brasil

No futuro, escreverei mais sobre os outros integrantes da La Banda: Lucas Romero e Ariel Cabral — este com um texto novo, mais atualizado. E até mesmo sobre Barcos, com o avanço do entrosamento dele com o resto do time. Com Henrique e Cabral suspensos, Lucas Romero já deve jogar no domingo contra o Atlético/PR, ao lado de Lucas Silva. Como dito acima, essa foi a dupla de volantes contra o Paraná, o último jogo antes da Copa. Por característica, nenhum dos dois costuma infiltrar, ambos ficam por trás, na base da jogada. Assim, vamos precisar ainda mais que o quarteto de frente se movimente, pra ter sempre alguém ali nas costas dos volantes adversários.

Portanto, Robinho, Rafinha, Thiago Neves, Raniel, ou até mesmo Edilson ou Egídio (se apoiarem por dentro ao invés de passarem por fora), seja quem for jogar, vão precisar ajudar nesse setor do campo. O que não pode é ficarem estáticos em suas posições. Afinal, futebol, no Brasil, tem organização, mas na hora de atacar, é tudo junto e misturado.

E não tem problema nenhum nisso.

Superioridade (numérica)

Se me dissessem pra resumir a parte tática no futebol — e tudo que a ela envolve, como sistema, estratégia e afins — em uma frase só, eu diria que é “buscar ter mais gente perto da bola que o adversário”. Em qualquer momento do jogo: com bola, sem bola, bolas paradas. Na defesa, no meio-campo, no ataque. Por dentro, pelos lados. Isso não varia nunca.

O que muda, de fato, é a forma como os treinadores pensam pra atingir esse objetivo. E no jogo de ontem, no qual Cruzeiro e Atlético/PR empataram e o Cruzeiro avançou de fase pela Copa do Brasil, se pôde ver muitas dessas diferentes formas de buscar essa superioridade numérica.

Sem a bola

A primeira é mais óbvia: quando o Cruzeiro se defende, formava as duas linhas de quatro tão características dessa equipe, deixando apenas Thiago Neves e Sobis à frente. Rafinha e Arrascaeta fechavam os lados, com os volantes por dentro e a linha defensiva postada atrás. Mas futebol, como se sabe, não é totó, e as movimentações dos jogadores procuravam a superioridade numérica. Se a bola vinha pelo lado esquerdo (direito do adversário), o ponta do lado contrário (no caso, Rafinha) centralizava bastante, deixando o corredor esquerdo livre. Tudo pra que tenha um acúmulo de jogadores no setor da bola e criasse também um sistema de coberturas. A mesma coisa ocorria se a bola entrava pelo lado direito: Rafinha dava o combate, os volantes se aproximavam e Arrascaeta fechava bem no centro, deixando o lado direito aberto.

Isso até funcionou de maneira razoável, já que o Cruzeiro pressionava bastante o adversário com a bola e fechava linhas de passe próximas, obrigando o jogador a voltar com a bola ou tentar um passe mais difícil, que resultava em erro. Poucas vezes o Atlético-PR conseguiu inverter de lado a jogada pra aproveitar este espaço, e quando o fez, não foi de maneira rápida, de forma que o Cruzeiro conseguia rodar e mudar a pressão de lado até a bola chegar lá.

Léo longe da linha defensiva, encaixado no seu jogador; Rafinha bem fechado por dentro; ponta oposto do CAP “livre”; acúmulo de jogadores sobre a bola. Mesmo assim, o passe para o centroavante sai, na única finalização certa do adversário

O que não gostei muito foram os encaixes de marcação. O Cruzeiro marca por encaixes no setor, isto é, jogadores ficam em suas zonas, mas quando um adversário entra ali, o cruzeirense cola nele e vai com ele até o fim da jogada. Se a bola sai de perto, aí eles voltam para as suas zonas. Por vezes víamos Rafinha atrás de Edilson, por exemplo, o que é um forte indício deste tipo de marcação: Rafinha encaixava no lateral e Edilson no ponta, e quando o lateral passava, não havia a “troca” de marcação típica de uma zonal pura: Edilson continuava com o ponta e Rafinha afundava até o fim com o lateral deles.

Do lado esquerdo do Cruzeiro, isso era ainda mais claro. E esse tipo de marcação gerava, por vezes, uma indefinição para Egídio, que começava na saída de bola do Atlético/PR. O time paranaense, quando entrava em modo de construção, realizava o que se chama de “saída de 3”: três jogadores ficam por trás para gerar superioridade numérica — olha ela aí — e sair com a bola mais limpa. No caso, um volante entrava entre os dois zagueiros, que abriam, formando temporariamente uma linha de 3. Os laterais subiam ao mesmo tempo, empurrando os pontas do Cruzeiro pra trás, e assim apenas Sobis e Thiago Neves encurtavam nos zagueiros. Com dois contra três, Paulo André, o zagueiro da direita, por vezes conseguia bastante campo pra conduzir a bola sem ser incomodado. Quando o fazia, Arrascaeta tinha que deixar Jonathan para pressionar, e Egídio não sabia se permanecia na linha de 4 contra o ponteiro ou se saía pra combater Jonathan. Na maioria das vezes, Egídio deixava o ponta para os zagueiros pegarem e subia a marcação. Mas em pelo menos duas vezes, o lateral direito do Atlético/PR teve chance de fazer um cruzamento limpo.

Com a bola

Já quando atacava, o Cruzeiro procurava muito os lados do campo. Talvez até induzido pela marcação do Atlético/PR, que fechava bem o corredor central, empilhando jogadores na entrada da área — superioridade numérica. Muito dessa falta de jogo pelo meio decorre, claro, da falta de um centroavante que pudesse fazer a parede num passe vertical e deixar para alguém chegar de trás. Tanto é que, com a entrada de Raniel, a equipe passou a atuar num 4-2-3-1, e Raniel conseguiu dar um bom apoio pelo centro em várias jogadas.

Além disso, Thiago Neves também não está em seus melhores dias tecnicamente, pois essa região do campo é dele, entre as linhas do adversário. Em um setor tão vigiado, é preciso ter técnica para se desvencilhar da primeira pressão (que chega imediatamente ao receber a bola) e ter um mínimo de tempo pra olhar o jogo de frente e dar o passe. Outra forma de se ter espaço ali é se desmarcar, movendo-se alguns passos e se separando momentaneamente do marcador. O passe tem que entrar exatamente nessa hora, é uma janela de tempo curta. Em vários momentos, Thiago fazia esse desmarque, mas não recebia a bola. O time também precisa procurá-lo mais.

Os volantes do Cruzeiro também tem uma parte nisso. Até porque, Lucas Silva é volante passador, fica na base da jogada, não faz jogo entre as linhas do adversário, não pisa na área. Até por isso, Henrique, que é o volante de pegada, tem feito também um trabalho de infiltração que não é lá bem sua característica. Então essa parte do campo fica menos povoada com cruzeirenses, e o Atlético/PR, novamente, tem superioridade numérica no setor.

Henrique pedindo a bola em uma infiltração: tem feito, mas não é bem a a característica dele

Restou, portanto, jogar pelos lados. Mas sem um alvo claro na área, por exemplo, um bom cabeceador, ou mesmo sem ter a área muito povoada, não era muito frutífero ficar cruzando bolas a esmo. O Cruzeiro buscava cruzamentos cirúrgicos, às vezes buscando um jogador mais baixo na segunda trave, às vezes um cruzamento rasteiro pra quem vem de trás. Sem sucesso, é uma jogada muito difícil de entrar.

O gol

Tudo isso resultou num jogo de poucas finalizações, de ambos os times. Não é surpresa, portanto, que o gol do Cruzeiro tenha saído em uma jogada de contragolpe, que é uma das situações em que se busca ter superioridade numérica no campo ofensivo, pegando o adversário desorganizado. Como já eram decorridos 80 minutos, e o Atlético/PR precisava de gols, passou a pressionar alto. E futebol é cobertor curto: se você marca lá na frente, dá o espaço às costas da sua defesa. O Cruzeiro conseguiu bem sair da pressão adversária trocando de lado. Aqui, destacamos o passe Edilson/Raniel, tanto pela boa leitura e execução do lateral quanto pela movimentação inteligente do centroavante para buscar o espaço. Sempre gosto de dizer que um bom passe é obra tanto de quem executa quanto de quem recebe. É uma tarefa de dois jogadores.

O passe Edilson/Raniel que quebrou a segunda linha do CAP: origem

O passe de Edilson venceu de uma só vez toda a segunda linha do Atlético/PR, que estava correndo pra trás pra defender o contragolpe. O quarteto ofensivo do Cruzeiro, de repente, se viu com apenas os dois zagueiros à frente: novamente, superioridade numérica. E quando se tem mais gente que o adversário, é sempre mais fácil fazer a jogada. Robinho passa, recebe e já sabe que Arrascaeta está chegando por trás, e passa a bola sem olhar. Arrascaeta quase perde a chance, mas se recupera e conclui para o gol.

O passe Edilson/Raniel que quebrou a segunda linha do CAP: destino

Mesmo com a vantagem, o Cruzeiro surpreendentemente não se fechou totalmente, e ainda teve mais uma chance com Robinho, novamente em lance de superioridade numérica, 4 contra 3. Mas no fim, com apenas mais alguns minutos por jogar e com a vantagem que já existia no empate ampliada pelo gol, era natural um relaxamento. Bergson conseguiu empatar numa desatenção dos zagueiros, ainda que exista mérito na jogada do atacante paranaense, uma tentativa de chapéu dentro da área que surpreendeu.

Atacar defendendo (por enquanto)

Ao fim, valeu a classificação. Cruzeiro fez um jogo seguro defensivamente, com alguns detalhes aqui e ali como dito no texto. Mas nem sempre será assim, alguma vez um outro time pode conseguir um gol numa bola parada por exemplo, e tudo muda. Não é muito saudável ficar sempre andando no fio da navalha, no limite da classificação ou da vitória, pendurado por um gol. E isso nem é culpa da defesa, mas sim da produção com a bola. Cruzeiro depende um bocado de seu meia central em boa forma técnica para conseguir ter mais jogo ofensivo, como dito acima. E também de um centroavante, esse sistema de jogo do Cruzeiro praticamente pede por um. Sem um atacante central, tem sido bem difícil, neste sistema, criar chances claras.

Otimista que sou, espero sinceramente que Thiago Neves volte à sua melhor forma mais próximo do jogo contra o Flamengo pelas oitavas da Libertadores, que é o sonho do torcedor. Claro que bons desempenhos no Brasileiro serão bem-vindos. E a chegada de Barcos, juntamente com a recuperação de Raniel e, mas tarde, de Fred, nos faça voltar a ter uma produção ofensiva. Oxalá!